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Cartão corporativo: veja os gastos de Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro desde 2003

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Os quatro presidentes da República que governaram o Brasil gastaram R$ 114.889.297,48 no período entre 20013 e 2022. O detalhamento das despesas foi liberado pela Secretaria-Geral da Presidência na noite de quarta-feira, em atendimento a pedido de informações feito pela agência Fiquem Sabendo. Essas informações haviam ficado em sigilo durante o mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Esta matéria foi publicada em O Globo.

Veja abaixo os gastos de Lula e Jair Bolsonaro:

  • De acordo com os dados divulgados, Jair Bolsonaro gastou R$ 27.621.657,23 nos seus quatro anos de governo, em valores nominais. Corrigido, o montante chega a R$ 30.831.808,82 e significa uma despesa média anual de R$ 7.707.952,20.
  • Iniciando seu terceiro mandato, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi presidente anteriormente entre 2003 e 2010. Neste período de oito anos, o petista gastou R$ 43.988.509,05 em valores da época. Isso significa que, corrigido, o total passa para R$ 110.122.468,55. A média anual de gastos efetuados por Lula é de R$ 13.765.308,56.

Dilma e Temer

Compare abaixo os gastos dos ex-presidentes Dima Rousseff e Michel Temer:

  • Dilma Rousseff gastou R$ 30.217.186,68 em valores nominais com o cartão corporativo da presidência da República, entre 2011 e 2015. O GLOBO não considerou as despesas de 2016, pois a petista foi afastada do cargo no início de um processo de impeachment que terminou quatro meses depois. Corrigidos pela inflação, os gastos de Dilma chegam a R$ 40.349.341,69. O valor representa uma média anual de R$ 8.069.868,33.
  • Michel Temer (MDB) governou o Brasil após o impeachment de Dilma. Entre 2017 e 2018, ele gastou R$ 8.869.681,44 em valores nominais. O montante equivale a R$ 11.480.840,19 em valores corrigidos pela inflação do período.

A atualização monetária foi feita pelo GLOBO com base no IPCA, divulgado pelo IBGE, considerando o último mês de cada ano. Veja abaixo um detalhamento dos gastos de cada presidente desde 2003:

Veja os gastos de cada presidente com cartão corporativo:

Ano Presidente Valor nominal Valor corrigido
2022 Bolsonaro R$ 4.997.298,75 R$ 4.997.298,75
2021 Bolsonaro R$ 9.927.562,29 R$ 10.578.519,50
2020 Bolsonaro R$ 7.314.318,09 R$ 8.630.872,67
2019 Bolsonaro R$ 5.382.478,10 R$ 6.625.117,90
2018 Temer R$ 4.866.043,60 R$ 6.185.600,76
2017 Temer R$ 4.003.637,84 R$ 5.295.239,43
2016 Dilma/Temer R$ 4.192.262,08 R$ 5.700.181,02
2015 Dilma R$ 5.706.943,28 R$ 8.301.883,54
2014 Dilma R$ 9.305.096,62 R$ 14.954.180,77
2013 Dilma R$ 6.022.000,19 R$ 10.312.360,98
2012 Dilma R$ 4.598.570,59 R$ 8.329.534,39
2011 Dilma R$ 4.584.576,00 R$ 8.763.742,99
2010 Lula R$ 6.556.309,21 R$ 17.021.046,76
2009 Lula R$ 5.438.863,41 R$ 11.712.022,36
2008 Lula R$ 6.084.616,50 R$ 13.102.583,96
2007 Lula R$ 3.857.905,40 R$ 9.211.135,70
2006 Lula R$ 4.977.941,73 R$ 12.383.061,14
2005 Lula R$ 5.204.035,80 R$ 13.336.261,81
2004 Lula R$ 6.541.238,37 R$ 17.805.120,67
2003 Lula R$ 5.327.599,63 R$ 15.551.236,15

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teve os maiores gastos com combustível da história do cartão corporativo usado pelos presidentes da República desde 2003 (quando os dados passaram a ser públicos). Os gastos de Bolsonaro com o cartão foram divulgados nesta quinta-feira, 12. Em apenas três transações, ele gastou 151 mil reais — os maiores gastos da lista sob a rubrica “combustível” — em dois postos localizados em São Francisco do Sul (SC) e Guarujá (SP), entre o final de dezembro de 2021 e o início de janeiro de 2022. Nesse período, o então presidente estava descansando na praia em meio a uma série de passeios de jet ski e de motocicleta.

Àquela época, o preço médio do litro da gasolina estava em 6,64 reais. Isso significa que Bolsonaro gastou o suficiente para comprar 22.664 litros de gasolina. Não é possível, no entanto, saber exatamente em que tipo de produto ou serviço esse dinheiro foi aplicado. Os recursos do cartão corporativo saem dos cofres públicos para serem utilizados pelo chefe do Executivo em situações especiais, como viagens e com pequenos gastos.

Bolsonaro foi para São Francisco do Sul com a família em 27 de dezembro de 2021 para passar o Ano Novo. No dia 28, passeou de jet ski e fez uma motociata com apoiadores. No dia 30, participou de um show de carros no parque Beto Carrero World, numa cidade próxima, e no dia 2 de janeiro de 2022 voltou a passear de jet ski nas praias da região. No dia 27 de dezembro, ele pagou com o cartão corporativo uma compra no valor de 34.935 reais no posto KA Brasil, localizado em Ubatuba, um bairro de São Francisco do Sul. Já no dia 2 de janeiro, ele voltou a fazer compra no mesmo estabelecimento, gastando nada menos que 71.407 reais.

À época, o então presidente recebeu críticas por passear tanto enquanto fortes chuvas na Bahia causavam dezenas de mortes.

Dias antes de ir ao litoral catarinense, Bolsonaro foi com a família para a praia de Guarujá, no litoral paulista, onde chegou em 17 de dezembro de 2021. No dia 19, fez passeio de jet ski. No dia 20, andou de moto pela região. E no dia seguinte, passeou novamente de jet ski, acompanhado pela filha caçula, Laura. Em 23 de dezembro daquele ano, pagou com o cartão corporativo uma compra de 44.826 reais no posto Tanser Comércio de Combustíveis Ltda., com endereço registrado no Jardim Santa Maria, em Guarujá.

No total, de 2019 a 2022, Bolsonaro gastou 27,6 milhões de reais no cartão corporativo, sendo 714 mil reais com combustíveis.

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Voa Brasil: aposentados podem comprar bilhetes de voos com valores de até R$ 200 por trecho

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Redação do Portal da Capital

O GOV.BR conta com um novo serviço público digital, o Voa Brasil. Nesta primeira fase, iniciada na quarta-feira (24/07), o foco do programa será em aposentados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que não tenham viajado de avião nos últimos 12 meses, independente da faixa de renda. De acordo com informações do Ministério dos Portos e Aeroportos (MPor), o Voa Brasil vai possibilitar a compra bilhetes com valores de até R$ 200,00 por trecho.

A expectativa do governo federal é incluir cerca de 1,5 milhão de brasileiros que ainda não tenham utilizado o modal aéreo para se deslocar pelo país. E, assim, permitir que mais brasileiros, especialmente novos usuários, tenham acesso ao mercado aéreo do Brasil. “O Voa Brasil Aposentados é o primeiro programa de inclusão social da aviação aérea brasileira. Estamos abrindo a possibilidade para que mais brasileiros possam viajar pelo país, fazer turismo ou reencontrar parentes. A inclusão gera emprego e renda, gera desenvolvimento econômico”, comentou o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho.

O Voa Brasil não envolve subsídio governamental para a aquisição de passagens aéreas, funcionando com base na liberdade de oferta das companhias aéreas aos beneficiários do programa.  As aéreas deverão oferecer passagens ociosas durante os 12 meses do ano em diferentes rotas. Atualmente, de janeiro a junho, a taxa média de ociosidade das aeronaves é de 20%.

Para utilizar o Voa Brasil, é necessário ter uma conta de nível Prata ou Ouro no GOV.BR. Esta exigência é necessária porque a plataforma do governo federal identifica as pessoas em meio digital, dando segurança para os usuários na utilização dos serviços digitais. “O GOV.BR é focado nos cidadãos, desenvolvido para simplificar a vida das pessoas, que desde o seu lançamento não precisam mais fazer deslocamentos para utilizar um serviço”, disse o secretário de Governo Digital do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Rogério Mascarenhas.

Atualmente, a plataforma do governo federal conta com mais de 159 milhões de usuários e tem cerca de 4.300 serviços digitais disponíveis. Entre os serviços mais acessados estão o Meu SUS Digital, Assinatura Eletrônica GOV.BR, Meu INSS, Carteira de Trabalho Digital e Carteira Digital de Trânsito.

Como cadastrar no GOV.BR – O primeiro passo para fazer o cadastro no GOV.BR é acessar a loja do seu dispositivo e fazer o download do GOV.BR ou utilizar um computador.  Após abrir a plataforma, digite seu CPF e clique em “continuar”, para criar ou alterar sua conta.  No primeiro acesso, é preciso realizar o cadastro. Assim, o cidadão ou cidadã preenche um formulário simples e seus dados podem ser validados na Receita Federal ou no INSS.  Todavia, esse formulário só permite o nível bronze.

Caso haja o desejo de aumentar a segurança da conta, utilizar o aplicativo é uma vantagem, pois a ferramenta já oferece automaticamente a opção para o aumento de nível de conta. Uma das novidades do aplicativo é a possibilidade de utilizar a câmera traseira para o reconhecimento facial. “Temos um olhar no MGI de não abandonar nenhuma pessoa na inclusão digital. Então, esta é mais uma possibilidade para quem tiver dificuldade com esse processo, será possível solicitar a ajuda de um familiar, por exemplo”, acrescenta Mascarenhas.

Para avançar para o nível Prata, os cidadãos devem fazer biometria facial com a CNH, ser servidor público federal, ou fazer o login pelo banco, caso a instituição financeira seja uma das 14 que estão credenciadas. São elas: Banco do Brasil, Banrisul, Bradesco, Banco de Brasília, Caixa Econômica, Sicoob, Santander, Itaú, Agibank, Sicredi, Mercantil do Brasil, PicPay/Original, BTG Pactual e Nubank.

Para ter acesso ao nível máximo de segurança, é preciso ter uma conta Ouro. Nesse nível, é preciso fazer o reconhecimento facial com base nos dados da Justiça Eleitoral ou pelo QR Code da Carteira de Identidade Nacional (CIN) ou, ainda, a partir de um certificado digital compatível com a ICP-Brasil.

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Redução da fome depende de ampliação e do fomento à agricultura familiar

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Redação do Portal da Capital

Um dos maiores produtores de alimentos do mundo, o Brasil, teve 8,4 milhões de pessoas passando fome entre os anos de 2021 e 2023. É o que revela o estudo sobre segurança alimentar e nutrição no mundo, divulgado hoje e feito por cinco agências especializadas da ONU. Para a Coalizão Brasil, ampliar e aprimorar as políticas públicas de incentivo à agricultura familiar é um dos caminhos para a reverter este cenário e tirar o país do Mapa da Fome.

A colíder da Força-Tarefa de Segurança Alimentar da Coalizão Brasil, Mariana Pereira, defende o crédito rural e a assistência técnica para pequenos agricultores como soluções que devem constar nos projetos voltados para a insegurança alimentar e combate à fome no Brasil. Segundo ela, entre os principais problemas no campo estão a falta de orientação para que haja aumento da produção, a melhor distribuição e qualidade dos alimentos e a adoção de novas tecnologias. Com assistência técnica adequada, defende Mariana, há também um aumento na diversidade produtiva, o que, consequentemente, vai permitir que mais alimentos cheguem às mesas das famílias brasileiras e que o produtor esteja mais adaptado às mudanças climáticas.

“O crédito rural é extremamente importante para produzirmos e termos mais alimentos disponíveis. E também para que as famílias da agricultura familiar, que estão no campo, consigam ter acesso a uma variedade maior de alimentos e a uma dieta mais diversa. Outro ponto é a política de assistência técnica. Atualmente, menos de 20% das pessoas da agricultura familiar acessam orientação de qualquer origem. Existe uma grande lacuna para melhoria desta produção, adoção de novas tecnologia, otimização dos recursos, para que se consiga transformar os sistemas agroalimentares num combate às mudanças climáticas, por exemplo”, afirmou Mariana.

Apesar dos dados negativos, o Brasil apresentou melhora na situação de insegurança alimentar: o país tinha 32,8% pessoas nestas condições, entre 2020 e 2022, e caiu para 18,4%, entre 2021 e 2023. Para a colíder da Coalizão Brasil, uma das explicações para esta queda é o aumento do valor da Bolsa Família. “Este é uma fator que possibilitou que muitas pessoas tivessem acesso a alimentos”, disse ela.

 

Sobre a Coalizão

A Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura é um movimento composto por mais de 390 organizações, entre entidades do agronegócio, empresas, organizações da sociedade civil, setor financeiro e academia. A rede atua por meio de debates, análises de políticas públicas, articulação entre diferentes setores e promoção de iniciativas que contribuam para a conservação ambiental e o desenvolvimento socioeconômico do Brasil.

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Gervásio pede urgência na votação de projeto que beneficia assistentes sociais

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Redação do Portal da Capital

O deputado federal, Gervásio Maia (PSB), protocolou um requerimento na Câmara dos Deputados para que seja votada a urgência do Projeto de Lei 2635/2020, de sua autoria, que institui Dia Nacional do Assistente Social e garante direitos trabalhistas fundamentais para os profissionais da área. O pedido foi encaminhado em parceria com a deputada federal, Lídice da Mata (PSB).

O projeto já foi aprovado na Comissão de Trabalho e aguarda análise da Comissão de Previdência, mas se aprovada a urgência, a proposta será votada no Plenário da Casa.

A iniciativa de Gervásio busca aperfeiçoar a regulamentação da jornada de trabalho de 30 horas semanais dos profissionais de assistência social vinculados à administração pública.

Outra medida importante prevista no texto é a garantia de um desconto de 50% sobre a anuidade dos profissionais de Assistência Social em anos de emergência de saúde pública, decorrente de pandemia reconhecida pela OMS.

“Os assistentes sociais desempenham um papel crucial no serviço público, sendo responsáveis por planejar, executar, monitorar e avaliar ações que visam atender às necessidades sociais, como desemprego, moradia, violência, desigualdade social, saúde e educação”, reforçou o deputado.

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