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Por que o Brasil virou palco de atentados tão brutais contra crianças nas escolas?
Justo na Semana Santa, talvez o mais importante evento celebrado pela Igreja Católica para lembrar Jesus, o mais transcendental pregador da fraternidade e do amor entre os seres humanos (irmãos, o próximo que se deveria amar como se ama a Deus), o Brasil vira palco, em Santa Catarina, do mais brutal ataque violento a uma escola, resultando no assassinato de quatro crianças, entre 3 e 7 anos, a golpes de machadinha. O autor, um jovem de 25 anos.
Os registros são de 41 alunos e professores mortos em atentados a escolas de 2002 e 2023. Foram 18 ataques violentos e que resultaram também em 70 feridos, segundo levantamentos da Comissão de Transição de Governo. Até o primeiro semestre do ano passado, ou seja, em 20 anos, haviam sido registrados 16 ataques a/ou em escolas, com 35 mortos e 72 feridos. Somente no segundo semestre de 2022 foram registrados 4 atentados e já são 2, com mortes, nos 3 primeiros meses de 2023.
A pergunta que ecoa de forma ensurdecedora é por que o Brasil, de repente, virou palco de ocorrências tão brutais e desumanas? Os detalhes da ocorrência de Blumenau, nesta última semana, são de desmoronar qualquer ser humano minimamente sensível. Como matar uma criancinha de 3 anos com uma machadada na cabeça?
Em momentos assim a sociedade busca explicações, a imprensa questiona, e especialistas tentam apresentar as causas mais profundas, que, muitas vezes, não convencem, mas pelo menos podem servir de orientação para políticas públicas e ações gerais que possam proteger inocentes que estão nas escolas à procura de conhecimento e luz para a humanidade.
Em praticamente todos os casos não se encontra justificativas plausíveis para a barbaridade. Tenta-se associar traumas da infância ao perfil psicológico, personalidade e comportamento individual dos agressores, mas o resultado do lado de cá, ou seja, da sociedade, é quase sempre de irresignação porque haverá sempre histórias em abundâncias de pessoas que viveram traumas na infância e não se transformaram em assassinos cruéis e bestiais.
Na impossibilidade de estabelecer motivações pessoais (o caso de Blumenau é típico), a maioria dos especialistas (psiquiatras, psicólogos e cientistas sociais) associam as ocorrências bárbaras ao meio social em que os agressores estão inseridos, mais precisamente à sociedade contemporânea. Os traumas pessoais encontrariam gatilhos para a prática dos brutais atos violentos na crescente intolerância observada no Brasil e no mundo. A polarização e a intolerância seriam ingredientes de uma cultura beligerante, de hostilidade e de extermínio do inimigo.
Cientificamente, não existe nada de novo nas explicações. Há muito já se concluiu da estreita inter-relação entre o individual, o cultural e o social. O meio influencia nos comportamentos individuais. O cenário social pode funcionar como gatilho para pessoas que já tenham predisposição para a prática de atos violentos.
Nesse contexto, de acordo com reportagem publicada no Jornal Estado de S. Paulo (Estadão) no dia seguinte aos acontecimentos de Santa Catarina, os especialistas apontam 5 razões para o fenômeno recente de atentados a escolas no Brasil:
– Incentivo à cultura da violência e aumento da intolerância;
– “Efeito contágio” causado pela disseminação de casos semelhantes;
– Crescimento de grupos de ódio nas redes sociais;
– Piora na saúde mental, após a pandemia, com jovens com comportamento mais violento;
– Distanciamento nas relações entre pais e adolescentes.
O que os especialistas não explicam é porque essas ocorrências brutais não se registram generalizadamente pelo mundo. Não existem muitos registros de fatos semelhantes na União Europeia, na China, no Japão ou países da África. Esse fenômeno da mais profunda bestialidade humana parece próprio dos Estados Unidos. Por lá, foram registrados algo em torno de 540 atentados nas duas últimas décadas. O Brasil copia o pior dos Estados Unidos.
Por tudo, sobram poucas dúvidas que o horror que ocorre no Brasil é o avanço da cultura da violência, que é quem gera a intolerância. O instinto de violência também suplanta a ideia de convivência social harmoniosa e até de fraternidade. Se o Brasil quiser vencer a brutalidade, terá que semear amplamente a cultura da paz.
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Bolinha e Inácio derretem na reta final
A eleição que ocorre neste domingo em Campina Grande marca mais um fenômeno de reta final de campanha eleitoral: a forte transferência de votos para os candidatos que lideram as disputas. Enquanto Bolinha (NOVO) tende a desidratar transferindo os seus votos para Bruno Cunha Lima (UNIÃO), o crescimento de Dr. Jhony (PSB) sempre foi na transferência dos votos de Inácio Falcão (PcdoB).
Segundo analistas políticos, há uma forte tendência do eleitorado em terminar a eleição em primeiro turno, por isso essa movimentação de última hora é natural em circunstâncias como essa. “O prefeito Bruno Cunha Lima, que disputa a reeleição, lidera com folga todas as pesquisas de opinião e isso pode ser determinante para o eleitor encerrar o pleito neste domingo”, avaliou um analista político.
O candidato Artur Bolinha disputa a eleição pela quarta vez, e em todos os pleitos enfrentou o mesmo problema. Agora com um agravante: Bruno Cunha Lima representa seu campo ideológico e tem mais musculatura para vencer já no domingo. “O eleitor de Bolinha neste momento está refletindo se vale a pena o voto nele, porque pode ser que Bolinha seja o responsável pelo segundo turno, permitindo a esquerda avançar em Campina Grande”, conclui.
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Dia Mundial dos Animais: como lidar com o luto por animais de estimação
A relação afetiva entre humanos e seus pets pode ser tão forte quanto aquela com outros membros da família, e o luto por um pet pode ser profundo quanto a perda de um ente querido. No Dia Mundial dos Animais, celebrado em 4 de outubro em homenagem a São Francisco de Assis, padroeiro dos animais, o Morada da Paz, referência no segmento funerário, destaca a importância de reconhecer e acolher o luto por pets, oferecendo suporte emocional aos tutores enlutados.
Simône Lira, psicóloga especialista em luto do Morada da Paz, explica que é fundamental reconhecer o luto pela perda de um pet como um processo legítimo. “Muitas vezes, a sociedade tende a minimizar essa dor, mas para quem convive diariamente com um pet, a relação é baseada em afeto e cuidado.
Quando esse laço se rompe, o impacto emocional pode ser imenso. O primeiro passo é validar o luto e buscar apoio, seja com familiares, amigos ou profissionais especializados”, destaca Simône.
Pensando em facilitar o acesso a uma despedida digna aos animais de estimação, a Assistência Funeral Morada da Paz Essencial oferece o serviço de cremação pet em todos os seus planos, com valores a partir de R$ 29,90. Já o Morada da Paz Pet vai além, oferecendo não apenas a cremação, mas também a realização de homenagens personalizadas, que ajudam a eternizar a história vivida entre tutor e animal. “Nosso objetivo é proporcionar um espaço de respeito e acolhimento, permitindo que os tutores honrem esse vínculo e ajudando a encerrar o ciclo de maneira respeitosa,” comenta Jarlyson Rocha, gerente comercial do Morada da Paz.
A cremação de animais de estimação tem se tornado uma opção cada vez mais popular entre tutores que desejam uma despedida simbólica e respeitosa. De acordo com o Instituto Pet Brasil, o número de pets no país cresceu significativamente nos últimos anos, totalizando mais de 139 milhões de animais de estimação, o que também impulsionou a procura por serviços funerários para pets, como a cremação. Além de garantir o destino adequado às cinzas, essa prática oferece conforto emocional às famílias, permitindo que mantenham uma memória afetiva viva em relação ao animal.
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Em meio ao caos, uma notícia ligeiramente alvissareira
Já houve quem colocasse o jornalismo profissional na UTI e decretasse a supremacia absoluta das redes sociais em campanhas eleitorais e o veículo através do qual o brasileiro definitivamente buscava informações sobre política.
Não é assim. Ainda bem. A TV cresceu de importância na atual campanha, se constituindo na fonte pela qual o eleitor mais se informa sobre política. Além de canal de notícias, os debates na TV ganharam atenção na campanha deste ano e a propaganda eleitoral acabou decisiva nas capitais e grandes cidades.
Sobre esse último item, a Folha de S. Paulo publicou algumas notícias revelando que o prefeito Ricardo Nunes (SP) havia se beneficiado com o início da propaganda na TV (ele tem 6 dos 10 minutos no guia eleitoral), tendo, com isso, melhorado nas pesquisas. Em 20 de setembro, a Veja publicou noticia com a manchete “Colocado em xeque após redes sociais, horário eleitoral mostra força”. No subtítulo veio o registro da importância da televisão: “Propaganda na TV alavanca candidatos nas capitais em disputas acirradas”.
O mais importante, porém, é a comprovação, através das pesquisas eleitorais, que o eleitor acessa muito mais a televisão como veiculo para se informar sobre política, o que também demonstra a confiança depositada no jornalismo profissional.
Um recorte de um quesito de pesquisas do instituto Quaest sobre os hábitos dos brasileiros em relação à mídia, levantamentos aplicados na maioria das capitais entre agosto e setembro, mostra claramente como a imprensa nacional se recuperou diante do cenário registrado de 2018, onde pareceu prevalecer as redes sociais.
As diferenças são tênues, mas as redes sociais já não aparecem avassaladoras. Em agosto, em São Paulo, 39% da população revelou se informar sobre política pela televisão e apenas 28% pelas redes sociais. Em Recife, agora em setembro, a audiência foi de 43% (TV) contra 35% (redes sociais). No Rio de Janeiro, o placar ficou em 39% a 30% em agosto, 42% a 27% no início de setembro e empatou em 34% e 33% na semana passada. Em Porto Alegre, no sul do país, em agosto, 37% se informavam sobre política pela TV e 31% pelas redes sociais. Em João Pessoa, a campanha começou com maior audiência para as redes sociais (41% a 38%), mas a televisão se impôs e ficou à frente nas últimas semanas de setembro (37% a 33%). Essa variação se registra em praticamente todas capitais.
Os sites, blogs e portais de notícias, que o pesquisador apresentou em coluna separada, apareceu com índices de audiência entre 10% e 14%. Interessante porque são veículos que também apresentam estrutura com características de jornalismo profissional.
A nota triste fica para o radio, veículo que está sendo acionado por diminuto público entre 3% e 4% para se informar sobre política.
De qualquer forma, números e fatos estão mostrando na atual campanha que o jornalismo profissional é efetivamente o melhor caminho para se combater as fake news e a desinformação.