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Em nova etapa de caravana, Lula visita 12 cidades em Minas Gerais

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Depois de passar pelos nove Estados do Nordeste, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) retomará a chamada “Caravana Lula pelo Brasil” na próxima segunda-feira (23), em Ipatinga (MG).

O roteiro do ex-presidente inclui 12 cidades de Minas Gerais ao longo de oito dias. O encerramento será em Belo Horizonte, em um ato na Praça da Estação, no dia 30 de outubro, segundo a Folha.

Lula passará pelo Vale do Aço, onde pretende tratar da crise econômica, pelo Vale do Rio Doce, palco da maior tragédia ambiental do país, e pelo Vale do Mucuri, onde o mote será educação, já que a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri fica na região.

Durante a caravana, em 27 de outubro, quando estará em Montes Claros, no norte de Minas, o ex-presidente Lula completará 72 anos.

O governador do Estado e pré-candidato à reeleição, Fernando Pimentel (PT), deve acompanhar Lula no início e no final da caravana. A ex-presidente Dilma Rousseff, que é nascida em Minas Gerais, foi convidada para participar, mas ainda não confirmou a presença.

ELEITORES

Márcio Macedo, vice-presidente nacional do PT e coordenador da caravana, diz que Lula escolheu Minas Gerais por sua importância –é o segundo Estado com mais eleitores do país. Uma segunda rodada de viagens a cidades mineiras está prevista para o primeiro semestre do ano que vem.

“É uma caravana de diagnóstico da realidade brasileira e de diálogo que o presidente Lula tem permanente com o povo brasileiro. Ele é uma liderança que se alimenta da inspiração das massas”, disse Macedo.

O dirigente avaliou a caravana de Lula no Nordeste como um sucesso. “A única liderança real hoje no país é o presidente Lula, […] capaz de liderar um processo de reconstrução nacional e de mobilização no nosso país para retomar o emprego, a renda, o desenvolvimento.”

Ainda neste ano, Lula pretende realizar mais uma etapa da caravana na região Norte ou Sul do país –a decisão não foi tomada.

Veja o roteiro da caravana por Minas Gerais

Segunda-feira, 23 de outubro de 2017
Ipatinga: 18h – Ato de recepção do ex-presidente Lula em Minas Gerais “Em defesa da soberania nacional”
Local: Praça dos Três Poderes ou Praça do Marco Zero

Terça-feira, 24 de outubro de 2017
Governador Valadares: 08h30 – Visita ao viveiro de mudas (MST)
10h – Visita à Bacia do Rio Doce
Local: Feira da Paz

Teófilo Otoni: 17h – Visita à Universidade Federal do Vale do Jequitinhonha e Mucuri
Local: Rua Cruzeiro, 01 – Jardim São Paulo
19h – Ato em defesa da Educação

Quarta-feira, 25 de outubro de 2017
Itaobim: 13h – Parada no trevo de Itaobim
Local: Transversal da BR116 na entrada da cidade

Itinga: 15h – Parada na Ponte de Itinga
Local: Praça em frente à ponte que cruza o Jequitinhonha
16h – Deslocamento para Araçuaí (45 km, 1 hora e 20 minutos)

Araçuaí: 18h – Ato cultural do Médio Jequitinhonha
Local: Praça do Mercado

Quinta-feira, 26 de outubro de 2017
Araçuaí: 08h30 – Visita ao Campus de Araçuaí do IFNMG
Local: BR 367, km 278, s/n – Zona Rural

Salinas: 13h – Visita ao Campus de Salinas do IFNMG
Local: Rodovia MG-404, km 02, s/n – Zona Rural
15h – Ato público
Local: Praça do Banco do Brasil

Sexta-feira, 27 de outubro de 2017
Montes Claros: 16h – Visita a complexo industrial
18h – Ato público
Local: Praça da Catedral

Sábado, 28 de outubro de 2017
09h – Visita a projeto de irrigação por gotejamento da Aspropem
Local: BR135 (20 km após sair de Montes Claros)

Bocaiuva: 12h – Ato em defesa da agricultura familiar
Local: Praça do Mercado Municipal
18h30 – Ato cultural do Alto Jequitinhonha
Local: Praça da Rodoviária

Domingo, 29 de outubro de 2017
Diamantina: 09h – Reunião com reitores de universidade e institutos federais (Universidade Federal do Vale do Jequitinhonha e Mucuri)
Local: R. da Glória, 187 – Centro

Cordisburgo: 15h – Recepção em Cordisburgo com Folia dos Reis e Congada
Local: Entrada da cidade, em frente ao Portal do Grande Sertão Veredas
17h – Visita ao Museu Casa Guimarães Rosa
Local: Av. Padre João, 443

Segunda-feira, 30 de outubro de 2017
Belo Horizonte: 15h – Reunião com prefeitos de Minas Gerais
18h – Ato de encerramento da caravana de Minas Gerais
Local: Praça da Estação ou da Liberdade

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Senado apresenta recurso contra decisão do STF que suspende desoneração

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Redação do Portal da Capital

O Senado apresentou nesta sexta-feira (26/04), por meio de sua advocacia, um recurso de agravo contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspendeu trechos da Lei 14.784, de 2023. A lei prorrogou a desoneração da folha de pagamento de empresas e prefeituras até 2027. Ao anunciar a decisão em entrevista coletiva, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, deixou claro que a discordância é com a atitude do governo de “judicializar a política”.

“Nossa posição é uma posição de antagonismo, neste caso, em relação ao governo federal, à Advocacia-Geral da União (AGU). Nós estamos, do outro lado, tentando demonstrar as nossas razões, e cabe ao Supremo Tribunal Federal decidir isso. Precisa ser respeitada a decisão da Corte, qualquer que seja a decisão. Eu espero que o Supremo Tribunal Federal decida com base na realidade” disse o senador ao rebater os argumentos usados pela AGU.

A decisão liminar, do ministro Cristiano Zanin, foi concedida na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7633, em que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, questiona a validade de dispositivos da lei relativos tanto à desoneração para as empresas quanto para as prefeituras. O principal argumento é de que a norma não observou o que dispõe a Constituição quanto ao impacto orçamentário e financeiro.

Para Pacheco, o argumento do governo não procede porque, ao contrário do que foi alegado, o projeto que deu origem à lei (PL 334/2023) previa a estimativa do impacto financeiro e orçamentário “de maneira muito clara, categórica e material”. Ele também lembrou que a lei apenas prorrogou um benefício já existente desde 2011 e que decisão anterior do próprio STF considera que não há inconstitucionalidade no caso de uma prorrogação, já que esse impacto havia sido previsto na criação do benefício e que o lastro financeiro para a desoneração foi o incremento de 1% sobre a Cofins-Importação.

Autor do PL 334/2023, o senador Efraim Filho (União Brasil) disse ser contrário à resolução do tema pela Justiça, considerando-se que o projeto tramitou por dez meses e foi amplamente debatido pelo Congresso. Para ele, o Congresso fez a sua parte ao aprovar o texto. A judicialização, na visão do senador, enfraquece a política.

“O governo tem base e maioria no Congresso para aprovar a sua agenda. Se a agenda que o governo está indicando, de aumento de carga tributária e impostos, não encontra respaldo no Congresso, acredito que cabe ao governo reavaliar onde está o ponto de equilíbrio. Esperamos que seja retomado no processo legislativo o protagonismo desse debate, e não na via judicial. A iniciativa da articulação política é do governo. Claro que isso requer articulação, mas é para isso que existem os líderes e os ministros”, argumentou Efraim.

Aumento na arrecadação

O presidente do Senado lembrou que o trabalho do Congresso Nacional possibilitou, em 2023, um aumento expressivo na arrecadação do governo. Esse trabalho começou antes mesmo da posse do atual presidente, com a PEC da Transição, que possibilitou o espaço fiscal para os projetos do novo governo.

Pacheco também citou como contribuições do Congresso o novo arcabouço fiscal, as novas regras sobre decisões do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), a tributação de fundos exclusivos e de offshores (empresas ou contas abertas em outros países, com tributação menor). Outros avanços citados pelo presidente do Senado foram o projeto de tributação das apostas esportivas e a alteração no regime de subvenções.

“É importante todos conhecerem uma realidade de arrecadação nos primeiros três meses do ano de 2024, muito além do que foi a arrecadação nos primeiros três meses de 2023, um incremento de quase R$ 80 bilhões a mais, ou 8,36%, já descontada a inflação. Esse foi um trabalho da Câmara dos Deputados, um trabalho do Senado Federal, um engajamento muito forte nas Casas, em que o governo não tem maioria, justamente para que pudéssemos proporcionar uma arrecadação que fizesse frente aos gastos”, lembrou.

Pacheco disse esperar que o desfecho seja justo para os municípios e para a economia, já que a “justiça para o governo e para sua arrecadação” já foi feita pelo Congresso.

Efeitos

A decisão do ministro Cristiano Zanin será submetida ao plenário virtual do STF entre esta sexta-feira e o dia 6 de maio. Se for validada pelos demais ministros, a desoneração da folha de pagamentos segue suspensa até que a Corte analise o mérito da ADI 7633. Enquanto isso, avaliou Pacheco, ficam prejudicados setores que contribuem para manter a empregabilidade de no país, pois são “alto empregadores”:

— A folha de pagamento tem um grande impacto na sobrevivência desses setores. Eles geraram emprego acima da média dos outros setores nacionalmente, então há uma lógica da prorrogação dessa desoneração, que, aliás, vem desde 2011.

Ele também lembrou que os pequenos municípios, que são os beneficiados pela desoneração, passam por dificuldades em razão de um pacto federativo injusto, que os onera e concentra muita riqueza na União. Para Pacheco, é preciso fazer uma ampla discussão sobre gasto público e quais são as propostas do governo para equilibrar as contas sem prejudicar o contribuinte.

“Já que houve esta provocação de uma reflexão em relação a isso, então vamos fazer um grande debate agora também a respeito de como se aumenta a arrecadação sem sacrificar o contribuinte que produz e gera emprego, e onde nós podemos cortar os excessos de gastos públicos. E nós vamos estar dispostos a fazer esse debate”, garantiu.

Tentativas

A tentativa do governo de reverter a desoneração vem desde a aprovação do PL 334/2023, que foi integralmente vetado pelo governo. Depois, o Congresso derrubou o veto. Após a derrubada do veto, o Poder Executivo editou a Medida Provisória (MP) 1.202/2023, que determinou a reoneração gradual da folha para as empresas e cancelou a desoneração para os municípios. Com a reação do Congresso, partes da MP foram revogadas ou não prorrogadas pelo Congresso, e o assunto está sendo discutido por meio de um projeto de lei (o PL 493/2024, em análise na Câmara).

Fonte: Agência Senado

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“Dá para fazer, mas aprovar é esforço grande”, diz relator sobre reforma tributária

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O deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP) afirmou que é possível aprovar a proposta da regulação da reforma tributária entregue nesta quarta-feira (24/04) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao Congresso, mas que isso vai exigir um “esforço muito grande”.

De acordo com informações do Uol, Aguinaldo classificou a aprovação como “dá para fazer”.

“Acho que é exequível, mas [a aprovação] é um esforço muito grande, não é um trabalho fácil”, afirmou Ribeiro em entrevista à CNN Brasil. O deputado foi relator da parte constitucional da proposta, aprovada em votação histórica em dezembro do ano passado.

O relator da regulamentação ainda não foi definido. Depois da proposta principal, o Ministério da Fazenda precisa encaminhar os projetos que detalham a medida e que, entre outros pontos, servem para definir alíquotas e classificação de produtos e serviços.

 

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STF suspende lei que prorrogou desoneração da folha até 2027

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O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu pontos da lei que prorrogou a desoneração da folha de pagamento de municípios e de diversos setores produtivos até 2027. Na avaliação do ministro, a norma não observou o que dispõe a Constituição quanto ao impacto orçamentário e financeiro.

A liminar foi concedida na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7633, em que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, questiona a validade de dispositivos da Lei 14.784/2023. A decisão será submetida a referendo no Plenário Virtual do Supremo a partir desta sexta-feira (26).

No final de 2023, com o objetivo de equilibrar as contas públicas, o presidente Lula editou a Medida Provisória (MP) 1.202/2023. O texto previa a retomada gradual da carga tributária sobre 17 atividades econômicas e a limitação das compensações tributárias decorrentes de decisões judiciais, além da volta da tributação sobre o setor de eventos. Na sequência, o Congresso aprovou a Lei 14.784/2023 que, além de prorrogar a desoneração desses setores, diminuiu para 8% a alíquota da contribuição previdenciária incidente sobre a folha de pagamento dos municípios.

Impacto financeiro

Na decisão, o ministro Zanin afirmou que a lei não atendeu à condição estabelecida na Constituição Federal de que para a criação de despesa obrigatória é necessária a avaliação do seu impacto orçamentário e financeiro. A inobservância dessa condição, frisou o ministro, torna imperativa a atuação do Supremo na função de promover a compatibilidade da legislação com a Constituição da República.

Zanin afirmou ainda que a manutenção da norma poderá gerar desajuste significativo nas contas públicas e um esvaziamento do regime fiscal. A suspensão, disse o ministro, busca preservar as contas públicas e a sustentabilidade orçamentária.

“A solução provisória, que busca privilegiar o espaço institucional de cada Poder, sem descurar da função constitucional do Supremo Tribunal Federal de verificar a validade dos atos normativos à luz da Constituição Federal, consiste em suspender a eficácia dos arts. 1°, 2°, 4° e 5° da Lei n. 14.784/2023, com a imediata submissão desta decisão ao Plenário do Supremo Tribunal Federal para confirmação ou não de tal deliberação, que busca preservar as contas públicas e a sustentabilidade orçamentária”, diz a decisão.

SP/AD//MO

Clique aqui e confira a íntegra da decisão

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