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Como vão os investimentos?

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* Por Joviano Neto – especialista de Investimento Anbima – CEA e sócio da OCTO CAPITAL Assessoria de Investimentos do Banco BTG

Com a queda da taxa Selic nos últimos meses, o CDI parou de reinar soberano sobre os investimentos. Sabe aquela ideia de ganhar 1% ao mês, livre de imposto de Renda? Esqueça, pelo menos com CDB.

A manutenção desse custo de investimentos para o país é muito grande, principalmente para a grande massa de Afegãos Médios, também conhecida como classe média.

Com taxas elevadas, você não consegue financiar seu imóvel, carro ou investir num negócio próprio. Pode ate conseguir mas com um custo muito elevado.

E por que chegamos até aqui?

A Taxa de juros é a ferramenta monetária que o Banco central utiliza para conter a inflação (doença da moeda). No final do ano de 2020 as taxas de inflação estavam altíssimas, fazendo os preços subirem recorrentemente depois de incentivos federais no período pandêmico. Com isso iniciou-se uma subida na taxa de juros em 2021, que saíram de 2% ao ano para imensos 13,75% ao ano, em junho de 2023.

Dado que a inflação recuou, iniciou-se um corte da taxa básica de juros visando incentivo ao consumo e a produção, que estavam estagnados. O Banco Central fez a lição de casa no momento correto, agindo de forma independente com o intuito de preservar o valor de nossa moeda.

Isso não ocorreu apenas no Brasil. Vivemos numa economia globalizada e Estados Unidos, Europa, China e o resto do mundo também subiram suas taxas de juros para conter a inflação visando preservar valor da moeda e dos investimentos. Agora o momento é de DESINFLAÇÃO na economia mundial.

Para que possamos reduzir mais nossa taxa de juros precisamos fazer nossa lição de casa como país. Reformas estruturais que estão se encaminhando, gostem ou não, vêm sendo aceitas pelo mercado (principal financiador do governo depois do contribuinte) numa demonstração de confiança na equipe econômica.

Arcabouço Fiscal, Reforma Tributária, Cumprimento dos gastos pelo governo entre outros fatores, ajuda a mantermos nossas contas em dia e assim mantermos nosso histórico de bom pagador, corroborando as decisões de redução nas taxas de juros, já que demonstraríamos saúde financeira. É um ciclo virtuoso.

Dado um resumo macroeconômico de nossas mazelas, o que fazer como nossos investimentos num ciclo de queda de taxas de juros?

Na renda fixa trave boas taxas de juros. Compre ativos pré-fixados neste momento. Possivelmente não teremos taxas tão atrativas quanto essas a disposição no mercado nos próximos anos. O CDI pode não ser o melhor nesse momento, mas a renda fixa não morreu. Títulos isentos de imposto de renda são boas opções. E o mercado está inundado de oportunidades para quem quer investir bem. Eu disse investimento e não especulação.

Na renda variável, temos ainda empresas descontadas com múltiplos contábeis interessantes para análise de valor. Apesar de dependermos do fluxo estrangeiro na bolsa temos oportunidades no micro visando mercados sólidos e empresas lucrativamente fortes.

Na Octo Capital, conte com a ajuda para você a escolher seus investimento através da nossa assessoria especializada.
Sigamos com o objetivo de construir um patrimônio forte apesar das intempéries do Senhor Mercado.

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O turismo da Paraíba está crescendo! Como isso afeta seus investimentos?

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Redação do Portal da Capital

Por Joviano Neto – especialista de Investimento Anbima – CEA e sócio da OCTO CAPITAL Assessoria de Investimentos do Banco BTG

O Nordeste atrai turistas do Brasil e do mundo para o seu Verão. Ah, o Verão!
Vinte  milhões de turistas (Eu disse 20 Milhões!) durante o ano, sendo que a taxa de ocupação média dos hotéis das capitais litorâneas é de 80% no período de janeiro a Março. Um aumento de mais de 30% comparado as taxas anuais fora de temporada.(FOHB)

Tudo isso para dizer que com novos empreendimentos turísticos que iniciarão suas construções nos próximos anos em nossa cidade, veremos uma maior oferta de serviços, empregos e também volume de pessoas circulando em nossa capital. Isso faz um bem danado para a economia, que cresce e passa a gerar novas oportunidades.

Mas há uma necessidade de conscientização da população.

Turismo é uma atividade exploratória que consome recursos naturais e degrada o crescimento sustentável do meio ambiente e da sociedade. Desde que mundo é mundo.

Para que seja perene, as políticas de preservação ambiental devem ser claras e muitas vezes rígidas. A sociedade local deve estar engajada para receber os visitantes e de maneira acolhedora, ensina-los a preservar o patrimônio local.

Para trazer EFEITO REAL POSITIVO E DE LONGO PRAZO NA ECONOMIA LOCAL  isso deve ser PRECIFICADO conjuntamente entre os entes públicos e privados. Estudos de impacto ambiental, devem balizar esse crescimento. Industria, Comercio e serviços necessitam continuar crescendo para que a economia não dependa apenas do turismo de temporada, que impactam as receitas do município e da população ligada direta e indiretamente ao setor turístico.

Sazonalidade é um tema chave quando falamos de turismo. A baixa temporada traz baixa ocupação, redução dos postos fixos de trabalho, redução no faturamento e ainda elevação de doenças sociais, como ansiedade, depressão, consumo de drogas, psicotrópicos entre outros. A população vulnerável em cidades turísticas é maior e tem um aumento diretamente proporcional a sazonalidade do turismo. A alta temporada traz maior volume de passantes, maior emissão de dejetos, poluentes, e sobrecarrega a infraestrutura local (energético, logístico, sanitário entre outros) que são construídos com base na previsibilidade do consumo da população local, depreciando o patrimônio imobilizado público em maior velocidade.

Não me confundam com um Clorofila Boy, as coisas devem andar pela ordem. A Paraíba está num bom caminho e tem enorme potencial para figurar entre os maiores destinos do Brasil, no ainda não nos encontramos. Ainda. Mas é necessário prevenir problemas futuros com ações no presente para chegarmos num objetivo sustentável.

Analisar o panorama Ambiental faz parte da análise ESG de seus investimentos (Governança, Sustentabilidade e Meio Ambiente em inglês).

A Octo Capital, empresa fundada em João Pessoa e atuante em todo o Brasil, pensando em investimentos focados em sustentabilidade, separou investimentos em Energia Renovável e Sustentável para você aplicar seus recursos. Fale conosco.

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Romero Rodrigues e a cristalização do inexistente

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Redação do Portal da Capital

* Por Josival Pereira

O deputado Romero Rodrigues (Podemos) está se saindo o político mais “maneiro” da Paraíba, na conotação, conforme a gíria, daquele que se move com leveza demasiada. Poder-se-ia defini-lo também como “mineirinho” ou “malandrinho”, num sentido não pejorativo.

Agora, do domingo para a segunda-feira, Romero foi destaque nos portais e blogs da Paraíba por ter deixado se fotografar ao lado do prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima, e do deputado Ruy Carneiro. Todos sorridentes.

Ocorre que, na semana passada, a foto que virou destaque era com o governador João Azevedo e secretários da área política do governo.  A imagem também serviu para se festejar o quase concretizado rompimento de Romero com o prefeito Bruno e a família Cunha Lima.

Nas duas ocasiões, Romero não disse nada. Apenas sorriu, meio marotamente.

O ano tem sido assim. O deputado Romero não diz quase nada, não decide nada, não se posiciona em nada, e, ainda assim, é um dos grandes destaques na imprensa e motivo de muitas conversas, discussões e articulações políticas, que nunca se formalizam.

Especula-se sobre insatisfação em relação ao prefeito Bruno Cunha Lima, mas ele não nega nem confirma.

Especula-se sobre conversas suas com o governador João Azevedo, mas, igualmente, ele não nega nem confirma.

Dá-se, vez por outra, como absolutamente certa sua candidatura a prefeito em 2024, mas ele não nega nem confirma.

Dá-se, outra hora, como absolutamente certa sua permanência no grupo Cunha Lima com o consequente apoio à reeleição do prefeito Bruno Cunha Lima, mas, impassível, ele não nega nem confirma.

Embora cultive a maior indecisão do mundo, provavelmente de caso pensado, planejadamente, Romero se transformou em fenômeno político.

Pesquisa recente (contratada e divulgada pelo MaisPB), o coloca em situação mais do que confortável. Lidera, com folga, em qualquer cenário, podendo ser, inclusive, candidato em faixa própria (fora do grupo Cunha Lima e da oposição) e com perspectiva de vitória.

Com isso, se quiser, reúne condições de impor quase todas as condições para participar, por cima, das eleições em Campina Grande.

Lógico que não há nada definitivo nem imutável em política e a maré de Romero pode mudar repentinamente. Vale o alerta que os mais antigos já diziam que, às vezes, a esperteza come o esperto. Contudo, os ventos que sopram em Campina Grande são na direção de uma possível consagração da cristalização do inexistente, que é a consolidação elevadamente positiva de uma imagem fundada na ausência de posicionamentos. Romero é um fenômeno que precisa ser estudado, pois se trata de uma heterodoxa história de marketing político. Isso para nós, mortais complicados, porque lá na serra, com certeza, vão dizer simplesmente que se trata de “coisa de Campina”.

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Contestado por ‘ex-aliados’, Nilvan precisa provar que voto bolsonarista também é dele

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Redação do Portal da Capital

* Por Suetoni Souto Maior

O comunicador Nilvan Ferreira não precisa provar nada quando o assunto é o domínio discursivo em frente a câmaras e microfones. Por muitos anos, consolidou-se como fenômeno na imprensa paraibana. A mesma coisa não pode ser dita quando o assunto diz respeito à política eleitoral. Com o nome colocado para a disputa da prefeitura de João Pessoa, no ano que vem, mas preterido por ex-aliados, ele vive incertezas sobre a adesão de pelo menos parte do bolsonarismo à sua candidatura.

O comunicador disputará, caso mantenha o projeto pessoal, a terceira eleição seguida. Nas duas primeiras, apresentou bom desempenho, apesar de não ter conseguido se eleger. Em 2020, chegou a ir para o segundo turno com o prefeito Cícero Lucena (PP). Na época, vestia as cores do MDB. No ano passado, já no PL, disputou o governo do Estado, mas não conseguiu ir para o segundo turno. Apesar disso, com o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro, conseguiu tirar das urnas um número animador: foi o mais votado em João Pessoa, com 131.187 votos.

Esta marca é importante e seria de grande valia no pleito do ano que vem. Acontece que o PL decidiu investir na candidatura do ex-ministro Marcelo Queiroga (Saúde). Isso, vale ressaltar, não pode ser considerado o fim da linha para Nilvan, porque ele pode ir para qualquer outro partido e sair candidato. Mas é importante que se diga que essa liberdade, por si só, não aponta para uma certeza de sucesso eleitoral. Isso porque na lógica bolsonarista o pré-candidato sai, mas tem dificuldades para levar consigo o voto dos eleitores do grupo.

Isso, com algum exagero, foi dito pelo ex-ministro Gilson Machado (Turismo). De passagem por João Pessoa, nesta semana, ele mandou Nilvan e o deputado federal Cabo Gilberto baixarem o facho. Alega que ambos não têm votos e que os sufrágios recebidos por eles em eleições passadas foram um tipo de concessão do ex-presidente. Nilvan discorda, alegando que Machado errou o alvo, porque deveria ter criticado a esquerda, não um nome da direita. Lembra ainda que já disputou eleições fora do PL. Ele tem razão em parte, mas não dá para subestimar o que foi dito pelo ex-ministro.

Pegando o argumento da experiência eleitoral, é verdade que Nilvan disputou a eleição de 2020 pelo MDB e não pelo PL. Mas é verdade também que naquele momento ele também buscou explorar a “bolha bolsonarista”. Não foi uma eleição de Nilvan só por Nilvan. Quem puxar pela memória, vai lembrar que naquele ano ele alinhou a plataforma de campanha ao pensamento do ex-presidente. Criticava as medidas de isolamento social e buscava o voto do eleitor conservador. No ano passado, essa busca foi apenas mais clara, porque estavam no mesmo partido.

Acontece que para o ano que vem, a vaga de candidato bolsonarista foi preenchida por Queiroga. A história recente mostra que candidatos alinhados com lideranças populistas consolidadas e altamente ideológicas, tendem a perder tração quando deixam este nicho. Os ex-deputados federais Julian Lemos (PB) e Joice Hasselmann (SP) mostram isso em relação ao rompimento com Jair Bolsonaro. Ambos foram derrotados após abandonar a “igrejinha”.

Com Nilvan, lógico, pode acontecer coisa parecida, mesmo sendo ele um fenômeno midiático. Longe de mim concordar em gênero, número e grau com Gilson Machado e suas tradicionais fancarronices, mas também não dá para desconsiderar completamente o que diz a história.

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