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Especialista dá dicas sobre o que fazer para receber o seu precatório

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Qualquer um que tenha lutado tantos anos em um processo judicial e, agora, está paralisado em uma fila gigantesca aguardando pelo recebimento de seu crédito, via precatório, sabe como é sofrida e angustiante essa espera.

Para as dezenas de milhares de credores do Estado da Paraíba, não é diferente. É comum, inclusive, escutar de muitos, relatos desesperançados, sem qualquer expectativa de receberem os valores a eles devidos.

Mesmo entre os já mais idosos ou acometidos por problemas graves de saúde e que possuem, portanto, prioridade nessa “fila”, o sentimento é o mesmo: a quase certeza de não viverem tempo suficiente para usufruir de um direito que a própria Justiça reconheceu.

Assim, ouvir que podem ter a oportunidade de materializar o recebimento de seus direitos adquiridos judicialmente pode soar aos ouvidos como uma verdadeira bênção.

De acordo com o sócio responsável pelas análises jurídicas da Jequitibá Investimentos, o advogado Fúlvio Rebouças: “O cenário atual não favorece os detentores de precatórios e direitos creditórios junto a órgãos públicos nacionais, sejam alimentares ou não alimentares. E os mais afetados, certamente, são os credores Pessoa Física. A combinação entre precariedade orçamentária de entes públicos e crescente número de condenações torna cada vez mais distantes os credores da concretização efetiva de seus direitos. E as pessoas físicas, as mais necessitadas em razão de serem frequentemente idosas, adoentadas e desassistidas, são exatamente as mais penalizadas. É triste vermos que o país acaba falhando com quem mais contribuiu com seus esforços e trabalho”.

Há três formas clássicas para o recebimento dos valores devidos sob a forma de precatórios. São elas:

  1. Recebimento pelo Estado, conforme orçamentação:

Essa opção, a mais tradicional, poderia receber a denominação de “opção natural”, uma vez que obedece à ordem natural dos fatos. Encerrada, com sucesso, a discussão judicial quanto ao mérito do pedido e quanto aos valores efetivamente devidos, deveria seguir-se o correspondente pagamento, a satisfação integral do estabelecido pelo Poder Judiciário.

Ocorre que a integralidade dos Estados, e a quase totalidade dos Municípios brasileiros, incluindo-se os órgãos da chamada administração direta e indireta, não efetuam os pagamentos de seus débitos nos anos de orçamentação determinados legalmente, havendo casos de atrasos que atingem até mesmo décadas de diferença.

No caso do Estado da Paraíba, a realidade dos credores (até 2022) era uma fila que poderia ultrapassar 15 anos de espera. E isso após o trânsito em julgado dos processos, ou seja, após os vários anos de discussão judicial. O resultado prático desse cenário é que um cidadão ou uma cidadã, somados os períodos de disputa judicial e de “fila de precatório”, terá grandes chances de não sobreviver para usufruir dos resultados de sua luta, legando o fardo a seus herdeiros e sucessores. Triste realidade.

As experiências que vivenciamos no dia a dia de atuação são, de fato, tristes. O não recebimento dos valores a que tem direito os credores, além de grande frustração, implicam em projetos adiados ou abandonados, planos desfeitos, sonhos não realizados. Há um claro impacto econômico, mas existe igualmente um enorme impacto emocional, com consequências deletérias à saúde psíquica dos envolvidos ”, diz Fúlvio Rebuças.

  1. Recebimento através de Editais de Acordo:

Essa opção, na verdade fruto do elevado estoque de precatórios devidos e não pagos, surgiu como solução paliativa de descompressão jurídico-social, mas também enfrenta seus desafios e é alvo de algumas críticas.

Os Estados, cientes de seus deveres e obrigados judicialmente a quitarem suas dívidas, estruturam os chamados Editais de Acordo, a fim de possibilitar algum alívio financeiro aos credores e reduzir a dívida interna dos orçamentos públicos.

Ocorre que, primeiramente, por se tratar de “acordo administrativo”, os valores devidos sofrem descontos significativos e o pagamento, por vezes, estende-se por vários anos, em parcelas, sobretudo em casos de precatórios não alimentares.

Assim, além de adentrarmos em terreno moralmente discutível em que o Estado reduz e parcela débitos de natureza líquida e certa (devidos há vários anos), ainda persiste a questão da lentidão.

Isso porque, como falamos, os Editais de Acordo dependem de espaço nos espremidos orçamentos dos entes públicos, possuem valores bastante limitados, por vezes são esporádicos e sem periodicidade definida.

É como se o Estado tentasse aplacar a grande sede dos credores e credoras munido de um conta-gotas.

Tomemos como exemplo, novamente, o Estado da Paraíba, que, em junho do corrente ano publicou no Diário da Justiça eletrônico o Edital nº 02/2022, convocando os credores para um ‘acordo direto’ de seus precatórios. O prazo para a habilitação de interessados encerrou-se no último dia 22/07/2022 e estima-se que cerca de 2.100 credores aderiram ao mesmo.

O Estado deve destinar algo em torno de R$ 196 milhões, de acordo com as informações obtidas. Não é preciso grandes operações matemáticas para concluirmos que a grande maioria dos interessados não chegará nem mesmo próximo de ter seu crédito satisfeito.

Com efeito, numa hipótese bem simplista, a média de recebimento por credor, mantida essas premissas financeiras, seria de aproximadamente R$ 93.300,00 cada – valores muito inferiores aos efetivamente devidos aos mesmos.

O Edital, assim, apesar de representar um evidente sinal positivo na direção correta, mostrando que o Estado vem buscando formas de sanear suas dívidas e equilibrar suas contas, está muito, mas muito longe, de atender às justíssimas reivindicações dos credores e credoras paraibanos.

Vale lembrar também que, pelos critérios e regras de prioridades, o Edital vai sempre privilegiar os precatórios de orçamentados há mais tempo, casos mais antigos, valores menores, credores com doenças graves e os super idosos, o que é, aliás, correto.

Credores e credoras, assim, com precatórios orçamentados mais recentemente e não incluídos em algumas das prioridades elencadas, não deverão ser contemplados pelo Edital. Estes, infelizmente, dada a insuficiência de recursos destinados pelo Estado, continuarão, necessariamente, a compor a angustiante e morosa “fila de espera” por mais vários anos.

Ernesto Schlesinger, sócio responsável pelas análises financeiras da Jequitibá Investimentos, comenta: “Os credores se habilitam nos acordos, porém em sua maioria, não efetuam a análise de viabilidade de ser agraciado. No caso do Estado da Paraíba, pelo valor direcionado de cerca de R$196 milhões, levando-se em consideração o estoque atual do Estado (na casa dos bilhões de reais), os anos em atraso mais o número de credores do Estado e os valores médios de cada credor, conclui-se que a fila de recebimento nessa modalidade não é tão mais vantajosa do que aguardar o pagamento integral, uma vez que incidirão descontos e pagamentos em parcelas anuais.”

E continua sua análise:

“Os agraciados nesses primeiros Editais serão os credores bem mais antigos, com valores médios menores e que apresentam idade avançada ou problemas de saúde que justificam sua posição na fila de prioridades. Os outros que não se encaixam nessas categorias, infelizmente, continuarão a engrossar as fileiras da espera que se avoluma e se eterniza”, reflete Schlesinger.

  1. Antecipação do crédito, através de um Banco ou Fundo de Investimentos:

A opção da antecipação, popularmente conhecida como “venda de precatórios”, diante do cenário geral e das opções mencionadas, merece ser considerada em destaque.

A operação, na realidade, possui uma estruturação bastante simples, que envolve, basicamente, a análise técnica do processo judicial e dos credores, a fim de identificar se a ação foi bem conduzida e se os interessados possuem condições de transacionar seus créditos.

Toda essa análise, quando bem conduzida, por empresas sérias e com experiência na área, consome poucos dias e não envolve custos ou despesas para os credores e credoras.

Ao optar em ceder seu crédito, o credor recebe de forma rápida, transferindo ao comprador, toda a fila, a espera de vários anos e, até mesmo, os riscos de um eventual não pagamento por parte do Estado, que frequentemente altera a legislação em seu favor, adiando e diminuindo o valor a ser pago.

Para assumir esses riscos, o comprador efetua uma avaliação do “preço no tempo”, onde oferece ao credor a chance de antecipar o valor mediante um desconto financeiro que é calculado com base em todo esse cenário.

“À primeira vista, o credor que recebe uma proposta de negociação de seu crédito (junto a um fundo ou banco) tem uma natural resistência em virtude do desconto ofertado. Porém, se ele levar em consideração esse “pacote”, que engloba desde o fechamento de um ciclo, o fim da angústia da espera, a ausência do risco de calotes, entre outros pontos, certamente enxergará a opção com outros olhos. Outro cálculo importante é que o valor ofertado à vista, se estimado a valor futuro, pode ser mais vantajoso do que esperar anos para receber integralmente. Qualquer recurso, nos dias de hoje, aplicado à inflação ou juros, é mais vantajoso do que esperar o recebimento integral corrigido pela SELIC LINEAR, nos termos da legislação atual”, ressalta Ernesto.

Além disso, Dr. Fúlvio, entretanto, faz um alerta: “Há cuidados a serem observados. O principal deles é quanto à idoneidade e seriedade das empresas que realizam as operações de antecipação de precatórios. Existem, no mercado, diversas empresas que, se aproveitando do cenário difícil, e mesmo da idade e condição econômica dos credores e credoras, adotam práticas abusivas. Uma das mais conhecidas é oferecer um valor menor à vista e uma complementação, normalmente mais de valor maior, de modo a deixar mais atraente a proposta. Na prática, considerando-se as condições estabelecidas no contrato, esse valor futuro acaba por não se concretizar. Isso não é negociação, é enganação, pois acaba por não desonerar os credores originais, leigos e vulneráveis, dos riscos futuros”.

Rebouças aponta que os credores e credoras, que fazem a opção pela antecipação, querem e merecem uma solução rápida e definitiva. Que a eles seja oferecido, então, por questão de justiça e moralidade, um pagamento rápido e integral, no máximo em dois dias após a assinatura da escritura de cessão.

“Que os credores e credoras busquem, sempre, orientação e aconselhamento de um especialista, do advogado que conduziu o processo e entidades representativas de sua categoria profissional. Qualquer decisão deve ser tomada com conhecimento e segurança”, conclui Fúlvio Rebouças.

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Certezas e dúvidas nas decisões do pastor Sérgio

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Redação do Portal da Capital

* Por Josival Pereira

Depois de alguns aparentes contratempos, o pastor Sérgio Queiroz anunciou como será a participação do partido Novo nas eleições municipais em João Pessoa, o que equivale dizer como se dará sua participação, uma vez que ele encarna a legenda na Capital. Se dispôs a ser candidato a vice-prefeito na chapa do ex-ministro Marcelo Queiroga.

Havia quem apostasse na candidatura a prefeito. O pastor descartou a possibilidade na entrevista, dando a entender que a ideia habitava o território de seus desejos e de amigos. Deve ter entendido, porém, que, na política, muitas decisões esbarram em esquemas grupais e não observam condições mais objetivas. As poucas pesquisas divulgadas indicavam o pastor Sérgio Queiroz mais bem posicionado, mas o esquema bolsonarista , com intervenção direta do ex-presidente Jair Bolsonaro, já tem o ex-ministro Marcelo Queiroga como o candidato a prefeito. Barreira intransponível nesse momento.

O pastor Sérgio se esforçou para explicar as razões de sua decisão. A interpretação mais aproximada da realidade é a que ele atendeu aos anseios de direita conservadora e do bolsonarismo, aos irmãos de seu movimento religioso e ainda deixou espaço para atender seus próprios interesses. Será candidato para ajudar o PL; imagina que, apenas como candidato a vice-prefeito, não precisará se ausentar de ações e missões, e ainda terá tempo para rodar na campanha eleitoral por outros municípios, preparando o projeto de ser candidato a senador em 2026.

Nunca assumirá, mas o pastor Sérgio parece ter decidido com o propósito de restabelecer a plenitude de suas relações com Bolsonaro, avariada por ocasião da passagem do ex-presidente pela a Paraíba há menos de duas semanas.

Apesar de justificada as razões da decisão, restou a impressão que o pastor Sérgio ainda não se encontra plena e satisfatoriamente encaixado na aliança do Novo com o PL. Talvez por isso tenha feito um anúncio unilateral, sem a presença de Queiroga e dos deputados do PL (Cabo Gilberto e Valber Virgulino). Durante a coletiva, não se esforçou para dar importância ao ex-ministro Marcelo Queiroga, seu candidato a prefeito, e antecipou exigências sobre o tom da campanha.

É neste ponto que talvez resida a divergência mais expressiva do entre o pastor Sérgio e o bolsonarismo mais radical. Ele se posiciona contra a polarização da campanha entre direita e esquerda ou entre bolsonarismo e lulismo. Defende uma campanha focada nos problemas da Capital. Essa divergência tem tudo para se tornar insuperável. Queiroga tem a candidatura como missão para ajudar Bolsonaro e parece convencido que o êxito depende integralmente do ex-presidente.

Pode-se indagar: qual o futuro dessa aliança do Novo com o PL? Vai depender do desempenho do ex-ministro Marcelo Queiroga nas pesquisas. Se melhorar bem nos próximos dois meses, estará resolvida. Se não, pastor Sérgio voltará a ser acionado como candidato a prefeito.

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Candidato a prefeito, vice, apoiador de luxo ou só Deus sabe?

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Redação do Portal da Capital

* Por Josival Pereira

O pastor Sérgio Queiroz marcou data para o capítulo que se presume último dessa novelinha que se tornou o processo de unidade da direita bolsonaristas e fechamento da chapa para a disputa da Prefeitura de João Pessoa.

O enredo ganhou complicação com a vinda do ex-presidente Jair Bolsonaro no último fim de semana, onde desencontros em agenda e eventos acabaram gerando informações sobre supostos desentendimentos no agrupamento político conservador e irritação em Bolsonaro.

Pedidos de desculpas do PL e desmentidos de todos os lados buscam o restabelecimento de paz. O próprio pastor Sérgio Queiroz se encarregou, de forma enfática, na segunda-feira, de negar o que se noticiava ou se especulava. Apesar dos fatos registrados nos eventos indicarem um certo mau humor da organização e do próprio ex-presidente para com o pastor, ele, não apenas refutou tudo com veemência, como avaliou ter sido tratado com honra, mais do que merecida, e jogou as ocorrências para a conta de fatalidade.

No calor das esclarecimentos e explicações, pastor Sérgio anunciou que no dia 26/04, uma sexta-feira, anunciará sua posição. Deixou em aberto. Não sabe se será candidato a prefeito, vice-prefeito ou apenas um apoiador especial da candidatura do ex-ministro Marcelo Queiroga.

Verdade é que, ao longo desses dois ou três últimos meses em que se discute a candidatura de Queiroga, o pastor Sérgio nunca deixou de alimentar, embora de forma meio tangencial, que poderia ser candidato a prefeito. Fomentou, porém, com sua complacência, a ideia que aceitaria ser candidato a vice-prefeito. Aliás, essa é a convicção dos dirigentes do PL. Talvez pela entrada do ex-presidente Bolsonaro no circuito. Em que pese tudo isso, ainda pairam muitas dúvidas sobre o desfecho que o pastor Sérgio dará ao seu destino político no momento.

Seja como for, uma coisa é certa: com o pronunciamento feito pela internet na segunda-feira, conscientemente ou não, o pastor Sérgio estreitou o caminho para sua definição. Ao dizer ter sido tratado com toda honra possível e elogiar abundantemente Bolsonaro, Queiroga, Cabo Gilberto, Walber Virgulino e o PL, não sobra desvio para o novo líder do Novo em João Pessoa justificar uma decisão de ser candidato a prefeito. A hipótese da candidatura dele próprio a prefeito parece, então, prejudicada.

Assim, sobram duas saídas: a da candidatura a vice-prefeito na chapa de Queiroga ou a de virar um apoiador de luxo. Tem muita gente apostando na segunda hipótese, mas o pastor tem demonstrado certa capacidade de surpreender. Se Deus estiver na parada, como o pastor acredita, certamente, os caminhos da decisão se alargarão e a decisão final se tornará mais fácil. Se depender apenas dos desígnios dos homens e da política, nem iluminados, os caminhos conduzem à certeza.

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Não foi culpa da imprensa…

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Redação do Portal da Capital

Assisti à live que o pastor Sérgio Queiroz (Novo) realizou na segunda-feira (15/04) falando sobre os imbróglios envolvendo o nome dele e o Partido Liberal (PL) desde a última semana e, de modo agravado, desde a visita do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Estado da Paraíba para lançar a chapa da Direita e Extrema Direita pessoense tendo Marcelo Queiroga como pré-candidato a prefeito e o religioso à vice na corrida ao comando da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) nas Eleições 2024.

Na verdade, aqui do meu cantinho, numa cadeira mega confortável e com um balde cheio de pipoca, metade doce e metade salgada, tenho assistido à muita coisa que tem marcado o universo político paraibano e, em especial, o pessoense.

Hoje, porém, vou comentar sobre o episódio, quase interminável, que estou assistindo e que envolve o pastor Sérgio Queiroz, figura por quem, aliás, A-IN-DA, nutro simpatia suficiente para sentir incômodo ao vê-lo se enfiar numa lambança que em nada combina com a postura polida que ele sempre demonstrou ter.

O episódio ao qual me refiro não se resume apenas a live da segunda-feira, mas, a uma série de acontecimentos -desorganizados e vexatórios!-, que eclodiram graças a decisão dele em não assumir o receio que parece ter em aceitar com a alegria e a empolgação esperadas a condição de vice na chapa do PL.

Eu, realmente, senti uma ponta de tristeza e uma vergonha alheia gigante quando assisti, com meus próprios olhos, Queiroz, que por indecisão própria se meteu num olho de furacão, culpar a imprensa pelo que está vivendo.

Queiroz teve a capacidade de abrir a boca na live para direcionar críticas e cobranças à imprensa e, ao mesmo tempo, demonstrar uma desinformação inexplicável acerca do universo político onde ele quer se mostrar inserido.

Na live, Queiroz teve a coragem de abrir a boca para perguntar por que a imprensa, diferentemente do estaria fazendo com ele, não cobrava do deputado federal Romero Rodrigues (PSC/Podemos) uma definição sobre o rumo político que tomará nas Eleições 2024, ou mesmo, do Partido dos Trabalhadores (PT) acerca da indefinição da pré-candidatura na Capital paraibana.

Minha gente… quem não vive numa bolha, não olha apenas para o próprio umbigo e acompanha minimamente o universo da política sabe que, nos últimos meses, de tanto, nós da imprensa, falarmos nesses temas, tais assuntos mais têm parecido aquelas falhas chatas em discos de vinil arranhados do que cobranças que ele classifica como inexistentes.

Cobramos sim, de Romero e do PT e evidenciamos todas as “lambanças“, imbróglios, intrigas e polêmicas políticas que enxergamos.

Por isso, ao assistir a sua live decidi escrever este artigo dizendo: “Não foi culpa da imprensa…”

Não foi -mesmo!- culpa da imprensa, meu caro pastor.

Não foi a imprensa que na véspera e até, no dia… pior… no MO-MEN-TO do evento de anúncio da chapa “Quero, Quero“, lá nas dependências da Domus Hall, mesmo com a própria cara aparecendo numa foto ao lado de Queiroga num telão, disse que decidiu adiar, mais uma vez, a decisão sobre participação do Novo na chapa encabeçada pelo ex-ministro.

Não, meu caro pastor… não foi e nem é culpa da imprensa e muito menos do locutor do evento o fato do senhor se perceber num meio de um furacão político vexatório para o seu curriculum de pessoa polida.

Inclusive, enquanto escrevo essas mal traçadas linhas, como diria algum poeta, sigo me perguntando por que um homem que enxergo como tão capaz, se mete numa situação dessas mesmo tendo valor político suficiente para garantir uma vaga de vereador sem gastar praticamente um tostão com campanha. Por queeeeeeeee???????

Pois é, pastor… não foi culpa da imprensa…

Como o senhor bem lembrou, durante a live, das palavras que, se não me falha a memória, são de Mateus, “bem-aventurados são os pacificadores“, tire uns dias, respire, pacifique a própria alma e lembre da sua capacidade para ser um excelente vereador que teria a oportunidade de legislar e produzir, de fato, para o bem da população.

Mas, para que fique bem claro… me permita repetir pastor: não foi culpa da imprensa.

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