Nos acompanhe

Artigos

Será Cida Ramos o novo Anísio Maia do PT?

Publicado

em

Estava eu cumprindo meu prazeroso ofício de me informar para melhor informar aos leitores deste sítio quando, de repente, me deparo com o ‘Manifesto’ assinado pelo ex-governador Ricardo Coutinho, pela ex-deputada Estela Bezerra e pela ex-prefeita Márcia Lucena que, na prática, -pasmei!- estavam oficialmente “soltando a mão” da deputada estadual petista Cida Ramos no que se refere ao plano dela de ser o nome do PT para disputar o comando da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) nas Eleições 2024.

Quando li o documento, várias lembranças me vieram à cabeça… inclusive, uma que me fez, automaticamente, indagar aos meus botões: “Será Cida Ramos o novo Anísio Maia do PT?“… sim, porque, Anísio, era aliado mais que histórico do Partido dos Trabalhadores e era tão ligado ao PT que a própria história de vida do político se confundia com a do partido e com a defesa do que a sigla pregava. Mas, mesmo assim… graças a uma “articulação que veio por cima” foi abandonado pelos próprios companheiros nas Eleições de 2020 quando Ricardo cismou em ‘peitar’ a tudo e a todos para tentar voltar a ser prefeito de João Pessoa pelo PT mesmo sabendo que Anísio era o então candidato da legenda.

Ora… é ou não para perguntar se Cida é o novo Maia petista?

Na época, lembro, que mesmo tendo sofrido a rasteira menos esperada de toda a sua vida política, Anísio ainda foi punido pelo PT com a suspensão dos seus direitos políticos por seis meses e, depois desse cenário grotesco, viu a legenda que tanto amou perder, de longe, a disputa pela Prefeitura pessoense nas Eleições 2020 quando Ricardo, ao receber menos de 40 mil votos, conseguiu ficar em apenas 6º lugar, atrás de: Edilma Freire (PV) – 47.157 votos (12,93%); de Wallber Virgolino (Patriota) – 50.801, votos (13,92%); de Ruy Carneiro (PSDB) – 59.730 votos (16,37%); de Nilvan Ferreira (MDB) – 60.615 votos (16,61%); e de Cícero Lucena (Progressistas) – 75.610 votos (20,72%).

E, lembro mais… na época… o discurso seguiu o mesmo rumo do de hoje: de que a decisão era para tentar impedir o avanço do fascismo, de ir contra o bolsonarismo, que fazia parte de uma estratégia eleitoral, que a decisão tinha vindo de cima e… blá, blá, blá, blá, blá, blá, blá.

Então, me digam… é ou não para perguntar se Cida é o novo Anísio Maia do PT?

O caso de hoje é um pouquinho mais grave aos meus olhos – que não se cansam de observar a política local -, porque Cida fazia questão de andar em bloco com essa turma. Era questão de amizade, sabe bicho?! Até na Calvário ela entrou!

Falo que era questão de amizade porque, ao final, parecia. Mesmo sabendo que na política não existe isso de amizade. Mas, aos meus olhos, parecia haver um pouco disso. Daí a minha grande expressão de surpresa.

Fui inocente? Calcei as sandálias da ingenuidade? Sim e sim! Mas, a minha história de vida e de relação com as pessoas me impediram -e ainda me impedem!- de enxergar o desejo de permanecer num ambiente onde a amizade possa ser tratorada. Mesmo sabendo do caso de Anísio que aconteceu no dito reduto petista.

Ricardo, Estela e Márcia, no documento, sem citar diretamente o nome de Cida, insinuam que ela não conta com “possibilidade concreta de vitória” e que também não teria força eleitoral para disputar o comando da PMJP. Mas, solenemente, eles tentam ignorar o fato de que, sem querer, ao ser eleita deputada estadual em 2022, Cida Ramos provou que, dentre esse grupo dos quatro, apenas ela teve força, discurso, estratégia e apoio popular para chegar aos quadros da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) pela porta da frente… através do voto. Sim, porque na corrida para uma vaga na Casa Legislativa, Estela e Márcia só conseguiram ficar como suplentes e, Ricardo, que queria a Prefeitura, não foi “o forte” nas urnas por mais que dissesse que o seria.

O fato é que, ao final disso tudo, o que vejo é um PT pessoense, há muito, desmantelado, desunido e que parece gostar de doar as próprias e melhores energias positivas para quem se apresentar como seus principais adversários.

Diante dessa situação, não me surpreende que, lá na frente, Cida siga os passos de Anísio e também se filie a outra legenda. Quem sabe até ao mesmo PSB, de João Azevêdo, aliado de primeira hora do prefeito Cícero Lucena (PP), pré-candidato à reeleição e, até o momento, favorito nas pesquisas prévias que foram feitas até aqui.

Mas, diz aí… é ou não é para perguntar se Cida é o novo Anísio Maia do PT?

Mas, ó… o PT que se cuide… porque até o PL, que se vinha se portando como uma “caixa de intrigas“, está se acertando e as eleições… estão bem ali… mostrando que há cada vez menos tempo para desfazer tantos problemas.

Continue Lendo

Artigos

Certezas e dúvidas nas decisões do pastor Sérgio

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

* Por Josival Pereira

Depois de alguns aparentes contratempos, o pastor Sérgio Queiroz anunciou como será a participação do partido Novo nas eleições municipais em João Pessoa, o que equivale dizer como se dará sua participação, uma vez que ele encarna a legenda na Capital. Se dispôs a ser candidato a vice-prefeito na chapa do ex-ministro Marcelo Queiroga.

Havia quem apostasse na candidatura a prefeito. O pastor descartou a possibilidade na entrevista, dando a entender que a ideia habitava o território de seus desejos e de amigos. Deve ter entendido, porém, que, na política, muitas decisões esbarram em esquemas grupais e não observam condições mais objetivas. As poucas pesquisas divulgadas indicavam o pastor Sérgio Queiroz mais bem posicionado, mas o esquema bolsonarista , com intervenção direta do ex-presidente Jair Bolsonaro, já tem o ex-ministro Marcelo Queiroga como o candidato a prefeito. Barreira intransponível nesse momento.

O pastor Sérgio se esforçou para explicar as razões de sua decisão. A interpretação mais aproximada da realidade é a que ele atendeu aos anseios de direita conservadora e do bolsonarismo, aos irmãos de seu movimento religioso e ainda deixou espaço para atender seus próprios interesses. Será candidato para ajudar o PL; imagina que, apenas como candidato a vice-prefeito, não precisará se ausentar de ações e missões, e ainda terá tempo para rodar na campanha eleitoral por outros municípios, preparando o projeto de ser candidato a senador em 2026.

Nunca assumirá, mas o pastor Sérgio parece ter decidido com o propósito de restabelecer a plenitude de suas relações com Bolsonaro, avariada por ocasião da passagem do ex-presidente pela a Paraíba há menos de duas semanas.

Apesar de justificada as razões da decisão, restou a impressão que o pastor Sérgio ainda não se encontra plena e satisfatoriamente encaixado na aliança do Novo com o PL. Talvez por isso tenha feito um anúncio unilateral, sem a presença de Queiroga e dos deputados do PL (Cabo Gilberto e Valber Virgulino). Durante a coletiva, não se esforçou para dar importância ao ex-ministro Marcelo Queiroga, seu candidato a prefeito, e antecipou exigências sobre o tom da campanha.

É neste ponto que talvez resida a divergência mais expressiva do entre o pastor Sérgio e o bolsonarismo mais radical. Ele se posiciona contra a polarização da campanha entre direita e esquerda ou entre bolsonarismo e lulismo. Defende uma campanha focada nos problemas da Capital. Essa divergência tem tudo para se tornar insuperável. Queiroga tem a candidatura como missão para ajudar Bolsonaro e parece convencido que o êxito depende integralmente do ex-presidente.

Pode-se indagar: qual o futuro dessa aliança do Novo com o PL? Vai depender do desempenho do ex-ministro Marcelo Queiroga nas pesquisas. Se melhorar bem nos próximos dois meses, estará resolvida. Se não, pastor Sérgio voltará a ser acionado como candidato a prefeito.

Continue Lendo

Artigos

Candidato a prefeito, vice, apoiador de luxo ou só Deus sabe?

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

* Por Josival Pereira

O pastor Sérgio Queiroz marcou data para o capítulo que se presume último dessa novelinha que se tornou o processo de unidade da direita bolsonaristas e fechamento da chapa para a disputa da Prefeitura de João Pessoa.

O enredo ganhou complicação com a vinda do ex-presidente Jair Bolsonaro no último fim de semana, onde desencontros em agenda e eventos acabaram gerando informações sobre supostos desentendimentos no agrupamento político conservador e irritação em Bolsonaro.

Pedidos de desculpas do PL e desmentidos de todos os lados buscam o restabelecimento de paz. O próprio pastor Sérgio Queiroz se encarregou, de forma enfática, na segunda-feira, de negar o que se noticiava ou se especulava. Apesar dos fatos registrados nos eventos indicarem um certo mau humor da organização e do próprio ex-presidente para com o pastor, ele, não apenas refutou tudo com veemência, como avaliou ter sido tratado com honra, mais do que merecida, e jogou as ocorrências para a conta de fatalidade.

No calor das esclarecimentos e explicações, pastor Sérgio anunciou que no dia 26/04, uma sexta-feira, anunciará sua posição. Deixou em aberto. Não sabe se será candidato a prefeito, vice-prefeito ou apenas um apoiador especial da candidatura do ex-ministro Marcelo Queiroga.

Verdade é que, ao longo desses dois ou três últimos meses em que se discute a candidatura de Queiroga, o pastor Sérgio nunca deixou de alimentar, embora de forma meio tangencial, que poderia ser candidato a prefeito. Fomentou, porém, com sua complacência, a ideia que aceitaria ser candidato a vice-prefeito. Aliás, essa é a convicção dos dirigentes do PL. Talvez pela entrada do ex-presidente Bolsonaro no circuito. Em que pese tudo isso, ainda pairam muitas dúvidas sobre o desfecho que o pastor Sérgio dará ao seu destino político no momento.

Seja como for, uma coisa é certa: com o pronunciamento feito pela internet na segunda-feira, conscientemente ou não, o pastor Sérgio estreitou o caminho para sua definição. Ao dizer ter sido tratado com toda honra possível e elogiar abundantemente Bolsonaro, Queiroga, Cabo Gilberto, Walber Virgulino e o PL, não sobra desvio para o novo líder do Novo em João Pessoa justificar uma decisão de ser candidato a prefeito. A hipótese da candidatura dele próprio a prefeito parece, então, prejudicada.

Assim, sobram duas saídas: a da candidatura a vice-prefeito na chapa de Queiroga ou a de virar um apoiador de luxo. Tem muita gente apostando na segunda hipótese, mas o pastor tem demonstrado certa capacidade de surpreender. Se Deus estiver na parada, como o pastor acredita, certamente, os caminhos da decisão se alargarão e a decisão final se tornará mais fácil. Se depender apenas dos desígnios dos homens e da política, nem iluminados, os caminhos conduzem à certeza.

Continue Lendo

Artigos

Não foi culpa da imprensa…

Publicado

em

Por

Redação do Portal da Capital

Assisti à live que o pastor Sérgio Queiroz (Novo) realizou na segunda-feira (15/04) falando sobre os imbróglios envolvendo o nome dele e o Partido Liberal (PL) desde a última semana e, de modo agravado, desde a visita do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Estado da Paraíba para lançar a chapa da Direita e Extrema Direita pessoense tendo Marcelo Queiroga como pré-candidato a prefeito e o religioso à vice na corrida ao comando da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP) nas Eleições 2024.

Na verdade, aqui do meu cantinho, numa cadeira mega confortável e com um balde cheio de pipoca, metade doce e metade salgada, tenho assistido à muita coisa que tem marcado o universo político paraibano e, em especial, o pessoense.

Hoje, porém, vou comentar sobre o episódio, quase interminável, que estou assistindo e que envolve o pastor Sérgio Queiroz, figura por quem, aliás, A-IN-DA, nutro simpatia suficiente para sentir incômodo ao vê-lo se enfiar numa lambança que em nada combina com a postura polida que ele sempre demonstrou ter.

O episódio ao qual me refiro não se resume apenas a live da segunda-feira, mas, a uma série de acontecimentos -desorganizados e vexatórios!-, que eclodiram graças a decisão dele em não assumir o receio que parece ter em aceitar com a alegria e a empolgação esperadas a condição de vice na chapa do PL.

Eu, realmente, senti uma ponta de tristeza e uma vergonha alheia gigante quando assisti, com meus próprios olhos, Queiroz, que por indecisão própria se meteu num olho de furacão, culpar a imprensa pelo que está vivendo.

Queiroz teve a capacidade de abrir a boca na live para direcionar críticas e cobranças à imprensa e, ao mesmo tempo, demonstrar uma desinformação inexplicável acerca do universo político onde ele quer se mostrar inserido.

Na live, Queiroz teve a coragem de abrir a boca para perguntar por que a imprensa, diferentemente do estaria fazendo com ele, não cobrava do deputado federal Romero Rodrigues (PSC/Podemos) uma definição sobre o rumo político que tomará nas Eleições 2024, ou mesmo, do Partido dos Trabalhadores (PT) acerca da indefinição da pré-candidatura na Capital paraibana.

Minha gente… quem não vive numa bolha, não olha apenas para o próprio umbigo e acompanha minimamente o universo da política sabe que, nos últimos meses, de tanto, nós da imprensa, falarmos nesses temas, tais assuntos mais têm parecido aquelas falhas chatas em discos de vinil arranhados do que cobranças que ele classifica como inexistentes.

Cobramos sim, de Romero e do PT e evidenciamos todas as “lambanças“, imbróglios, intrigas e polêmicas políticas que enxergamos.

Por isso, ao assistir a sua live decidi escrever este artigo dizendo: “Não foi culpa da imprensa…”

Não foi -mesmo!- culpa da imprensa, meu caro pastor.

Não foi a imprensa que na véspera e até, no dia… pior… no MO-MEN-TO do evento de anúncio da chapa “Quero, Quero“, lá nas dependências da Domus Hall, mesmo com a própria cara aparecendo numa foto ao lado de Queiroga num telão, disse que decidiu adiar, mais uma vez, a decisão sobre participação do Novo na chapa encabeçada pelo ex-ministro.

Não, meu caro pastor… não foi e nem é culpa da imprensa e muito menos do locutor do evento o fato do senhor se perceber num meio de um furacão político vexatório para o seu curriculum de pessoa polida.

Inclusive, enquanto escrevo essas mal traçadas linhas, como diria algum poeta, sigo me perguntando por que um homem que enxergo como tão capaz, se mete numa situação dessas mesmo tendo valor político suficiente para garantir uma vaga de vereador sem gastar praticamente um tostão com campanha. Por queeeeeeeee???????

Pois é, pastor… não foi culpa da imprensa…

Como o senhor bem lembrou, durante a live, das palavras que, se não me falha a memória, são de Mateus, “bem-aventurados são os pacificadores“, tire uns dias, respire, pacifique a própria alma e lembre da sua capacidade para ser um excelente vereador que teria a oportunidade de legislar e produzir, de fato, para o bem da população.

Mas, para que fique bem claro… me permita repetir pastor: não foi culpa da imprensa.

Continue Lendo